Um dos grandes impactos da pandemia tem sido a crise econômica. Com empregos reduzidos, fechamento de lojas e o isolamento social, vimos o poder aquisitivo do consumidor cair drasticamente. E uma das principais consequências deste cenário é o aumento de furtos em supermercados, que dispararam nos últimos meses. Os desvios são feitos tanto por funcionários como por clientes, como mostra esta reportagem do Diário do Comércio que você pode conferir aqui no blog.

As últimas pesquisas da Abras sobre furtos em supermercados haviam apontado uma redução nos índices de perdas, mas, ao que parece, esta redução não irá se manter após os impactos causados pela pandemia de COVID-19. Ao que tudo indica, este número pode ultrapassar 2%, de acordo com supermercadistas e especialistas em prevenção de perdas de diversas empresas.

Um dos grandes alvos de furtos nos últimos quatro meses, identificado pelas redes supermercadistas, é a carne. O preço elevado e a queda de renda levaram a furto de carne de maior valor, especialmente na linha mais nobre, como a picanha.

Em algumas redes, o aumento de perdas em açougues chegou ao índice de 33%. Em 2020, o índice médio de perda nos açougues no país, de acordo com a Abras, foi de 2,62% sobre a receita bruta, já acima do dado médio geral de perdas do setor. Fazendo uma conta a partir deste valor de 33%, o indicador de perda dos açougues das redes brasileiras pode chegar perto de 3,5% neste ano.
Este valor acende um alerta dentro das empresas, mostrando, mais uma vez, a importância do investimento em prevenção de perdas e gestão do varejo.

"Você sabe o que é um ‘PICANHEIRO’? Com o aumento do valor da carne e a redução da renda dos consumidores, surge uma figura que passamos a chamar de picanheiro. Com frequência, vemos consumidores colocando peças de carnes embaixo ou dentro da roupa e até mesmo invasões de quadrilhas nas lojas de madrugada. O objetivo destes grupos é o furto de carne para venda dos produtos no mercado paralelo. Os chamados ‘picanheiros’ vendem as carnes, geralmente, pela metade do preço. Uma peça que custa R$ 50 no supermercado, sai por R$ 25 no mercado paralelo”.

A carne sempre foi um produto desviado, só que, com a crise e a alta de preços, a situação se agravou e o furto de carne aumentou exponencialmente. Por isso é tão importante estar com os sistemas de prevenção de perdas funcionando a pleno vapor. Através de softwares de gestão, conseguimos registrar aumentos de até 1.000% no valor nominal das perdas dos açougues.

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