Seguindo nossa maratona do Podcast PDV – Por Dentro do Varejo – na APAS Show, recebemos o especialista Alessandro Ziebell, Gerente Executivo de Prevenção e Perdas do Grupo Koch, para uma conversa sobre inovação em tecnologia para prevenção de perdas. Alessandro é uma referência nacional quando o assunto é prevenção de perdas que está constantemente auxiliando a área a conseguir mostrar de verdade a importância do papel do profissional de prevenção de perdas e a importância de contar com a tecnologia no momento de reduzir perdas. Para ele, a prevenção de perdas hoje é extremamente necessária dentro da uma empresa de varejo. Você pode acompanhar a conversa com Alessandro Ziebell aqui no Podcast PDV.

A tecnologia está aí para ajudar a prevenção de perdas

Começamos nosso bate-papo falando sobre o papel da tecnologia no dia a dia da prevenção de perdas. Para Alessandro, o mais legal da área de prevenção de perdas é conseguir aliar os três pilares “pessoas, processos e controle” à tecnologia, já que a tecnologia é também uma forma de controle. As inovações e ferramentas tecnológicas estão aí para ajudar o varejista. Alessandro destaca o ganho de eficiência alcançado com a tecnologia, ao substituir processos manuais que levavam muito tempo, por processos tecnológicos mais ágeis.

“A importância da tecnologia hoje é a possibilidade de coletar indicadores e transformá-los em dados para uma análise mais assertiva. Antes a tecnologia era cara e distante da realidade, mas atualmente ela se tornou mais acessível e o varejista precisa aproveitar este novo momento”

Para Alessandro, o cliente precisa ser o centro das atenções do varejo. Quanto menos atrito nas operações com o cliente, melhor será a experiência de compras. Com os dados coletados pelas ferramentas tecnológicas, a operação se torna mais simples não apenas para o varejo, mas também para o cliente. Com informações sobre as vendas e os processos captadas pela tecnologia, é possível converter dados em ações que melhorem o atendimento e, consequentemente, aumentem as vendas.

“Antes o varejo não investia tanto em tecnologia, este investimento era mais comum para as indústrias. Mas isso mudou e o varejo passou a investir em tecnologias para prevenção de perdas. Há muita tecnologia de ponta para implantar nas lojas e o varejista precisa entender que o seu foco é o cliente”

O profissional de prevenção de perdas deve enxergar a tecnologia como controle

Pegando carona em uma frase de Ziebell, aproveitamos para falar um pouco sobre como a tecnologia pode funcionar como controle e geração de dados para redução de perdas. O especialista acredita que aliar processo com a tecnologia pode ajudar a melhorar os índices da empresa. E não apenas a tecnologia, mas também estar de olho nas inovações que surgem. Para ele, a inovação é fundamental para o profissional de prevenção, para que ele consiga olhar o todo, com foco nos processos que geram mais risco ou mais perdas e aprender, com a ajuda da tecnologia, a eliminar estes riscos.

“A perda nunca vai deixar de existir, ela é inerente ao negócio. O que precisamos entender é como mitigá-la. O profissional de prevenção de perdas precisa ter uma veia de inovação para buscar novas formas de controlar os processos e reduzir as perdas. É preciso pensar fora da caixinha e sair da mesmice”

Prevenção de perdas vai além de apenas controlar furtos

Quando perguntamos a Alessandro sobre as principais mudanças na prevenção de perdas causadas pela pandemia, ele destacou a mudança de paradigma da área, que precisou se rever a partir do momento em que os clientes passaram a visitar menos as lojas. Por conta disto, entrou em destaque a questão das rupturas. Com menos visitas de clientes às lojas, a disponibilidade dos produtos nas prateleiras se tornou fundamental para manter as vendas no varejo. A prevenção de perdas começou a atuar com mais força na redução de rupturas, buscando uma maior acuracidade de estoque, uma melhoria na realização de inventários e um combate efetivo às fraudes, que acontecem principalmente na frente de caixa por falta de registro no PDV.

“Para conseguir atender melhor o cliente durante a pandemia, a prevenção de perdas mudou, da noite para o dia, sua atuação, deixando de lado a ideia de que prevenção de perdas só existe para controlar furtos. Foi preciso desenvolver um olhar mais amplo, principalmente em relação às rupturas”

A pior perda que podemos ter é a não venda

Aproveitando o tema da APAS SHOW, “O essencial é humano”, perguntamos a Ziebell sobre a crescente preocupação do varejo com uma gestão mais humanizada, especialmente nas áreas de segurança e prevenção de perdas. Para ele, o momento delicado que estamos passando precisa estar sempre no horizonte do varejo. As pessoas foram impactadas por diversos fatores nos últimos anos e o profissional de prevenção de perdas não pode esquecer das pessoas, dos clientes. O especialista destacou a redução de atrito na relação com o cliente, buscando entendê-lo e acolhê-lo, oferecendo o que o varejo tem de melhor.

“É preciso entender que nós dependemos da venda, dependemos de clientes. E mais do que apenas pensar em indicadores e processos orientados a produtos, precisamos aprender a orientar indicadores e processos aos clientes. Além de pessoas, processos e controle, nós precisamos cuidar cliente, ele deve ser o foco das nossas decisões e estratégias”