As mulheres ampliam seu espaço no varejo, mas ainda há muito trabalho por fazer. Neste episódio, gravado durante a APAS Show 2022, a Presidente do Instituto Mulheres do Varejo, Sandra Takata, bate um papo com a gente sobre a conscientização de temas importantes para as mulheres, como mercado de trabalho, gravidez e diferenças salariais e hierárquicas.

Sandra Takata começou explicando a missão do Instituto Mulheres do Varejo, que foi fundado para permitir que as mulheres no setor discutissem as barreiras que enfrentam no mundo corporativo. O varejo, em particular, é um setor tradicionalmente masculino e machista, apesar de a maioria dos funcionários serem mulheres. No entanto, quando se trata de cargos de liderança, a representatividade feminina diminui significativamente. Isso levou à compreensão de que as mulheres enfrentam várias barreiras no setor, como o preconceito em relação à gravidez, o assédio moral e sexual, bem como a persistente disparidade de gênero na progressão na carreira.

O Instituto Mulheres do Varejo visa transformar o ecossistema do varejo em um lugar onde as mulheres possam fazer escolhas, sem serem prejudicadas por questões de gênero. O grupo busca normalizar a gravidez no ambiente de trabalho e eliminar preconceitos. Eles também lutam contra o assédio e buscam a igualdade de oportunidades, para que as mulheres possam ocupar cargos de liderança e cuidar de suas famílias sem enfrentar barreiras.

Sandra Takata enfatiza a importância de criar parcerias e mudanças de mindset em todo o ecossistema do varejo. Eles têm recebido apoio da indústria, especialmente na área de vendas, onde as mulheres muitas vezes sofrem assédio moral e sexual devido à falta de representação. O Instituto promove workshops de liderança e utiliza a neurociência para promover uma evolução coletiva.

"A ideia não é competir com os homens, mas sim unir forças para garantir que as mulheres tenham escolhas no setor de varejo."


No contexto da APAS Show 2022, Sandra fala sobre o movimento "O Essencial é Humano" e como o setor de varejo está progredindo, embora ainda haja muito a ser feito. Ela ressalta que as mudanças estão ocorrendo lentamente, mas é crucial acelerar o progresso e criar espaço para o pensamento, discussão e expansão da consciência. Ela também destaca a importância de diversidade e humanização no setor, especialmente com a ascensão da tecnologia.

O episódio também menciona a campanha "Sinal Vermelho" contra a violência doméstica e como o Instituto Mulheres do Varejo apoia essa iniciativa. Sandra enfatiza a importância de empresas apoiarem a causa, uma vez que a violência doméstica afeta a produtividade das mulheres e é um problema mais comum do que se imagina.

É importante reconhecer e enfrentar os desafios que as mulheres enfrentam no varejo e incentivar o setor a adotar práticas mais inclusivas e igualitárias. A conscientização, a mudança de mentalidade e a ação são fundamentais para construir um ambiente de trabalho mais justo e equitativo no varejo.